O cultivo de café conilon deve continuar crescendo com força em Minas Gerais, estado tradicionalmente produtor de grãos do tipo arábica.
Dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) mostram que, em 2024, os mineiros aumentaram a área de conilon em 47% na comparação com o ano anterior.
Segundo Antônio de Salvo, presidente da Faemg (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), o cultivo desse tipo de grão tem um grande potencial de crescimento no estado.
“Estamos plantando cada vez mais conilon em regiões que tradicionalmente não eram cafeeiras, explorando a enorme diversidade climática e territorial de Minas Gerais”, diz Salvo.
Ao mencionar regiões que não eram cafeeiras, ele se refere a áreas mais baixas e quentes –que não são propícias ao plantio do café arábica.
- Aliás, você sabe a diferença entre o café arábica e o canéfora (conilon e robusta)? Entenda o que é cada uma na galeria de imagens abaixo:
A expansão dessa espécie em solo mineiro deve acelerar ainda mais nos próximos anos, graças, em parte, a um programa que o sistema Faemg/Senar desenvolve para incentivar o cultivo de conilon em áreas abaixo de 700 metros de altitude –essas áreas representam uma parcela significativa do estado.
O sistema vai apoiar o plantio de conilon nessas áreas como uma alternativa de renda extra, especialmente para produtores da pecuária leiteira, explica Salvo.
Apesar do aumento no último ano, atualmente apenas 3% do café produzido em Minas Gerais é conilon.
Mas, com essas medidas e com as mudanças climáticas afetando mais severamente o plantio do arábica –tipo mais sensível às variações do clima e menos resistente ao calor–, essa proporção deve crescer rapidamente nas próximas safras.
Em paralelo a isso, o Espírito Santo, tradicional produtor de conilon, aumenta a área de café arábica, também segundo dados da Conab.
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