Integrantes da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) e a Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas) iniciam, na próxima semana, uma rodada de visitas a empresários peso-pesado para reunir propostas voltadas ao controle das contas públicas. Ou seja, corte de gastos.
Isso ocorre devido à frustração do empresariado após o governo apresentar, no fim do ano passado, um pacote de redução de despesas aquém das expectativas junto com a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
A ideia é apresentar as sugestões de mais cortes ao governo ainda no primeiro semestre.
O primeiro evento ocorrerá nesta quinta (13), no Farol Santander, em São Paulo. O próximo deve ser realizado em Brasília (DF). No total, serão cinco encontros (seminários) nas cinco regiões do país.
Em São Paulo, serão três mesas de discussões com duas horas de duração. Uma delas, focada em políticas públicas e qualidade de gastos, terá como debatedores o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), que é vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, e o deputado bolsonarista Bibo Nunes (PL-RS).
A mesa, que será mediada pelo deputado Vitor Lippi (PSDB-SP), que fez parte do grupo de trabalho que discutiu a reforma tributária, também contará com Francisco Gaetani, Secretário Extraordinário para a Transformação do Estado do Ministério da Gestão.
Sem detalhar quais propostas estão na mesa, Pablo Cesário, presidente-executivo da Abrasca, sinaliza que as sugestões passarão longe das medidas defendidas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de correção das contas públicas pelo aumento de arrecadação.
Desde o início da atual gestão, o ministro defende a redução de incentivos fiscais para grandes empresas pela correção do que chama de “distorções tributárias”.
“Temos uma clara percepção de que a sociedade paga muito em impostos e recebe muito pouco em termos de serviços públicos. Precisamos melhorar a entrega de resultados para todos”, diz Cesário.
Com Stéfanie Rigamonti
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