Quinze importadoras de medicamentos à base de cannabis se associaram no Instituto Conexão e Regulação (ICR) e apresentaram à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) uma proposta para impedir o que chamam de reserva de mercado de fabricantes nacionais.
Representantes da associação estiveram na agência para assegurar que os médicos continuem prescrevendo medicamentos importados para quem precisa.
Segundo o instituto, concorrentes nacionais —que vendem produtos menos elaborados e mais caros— criam uma campanha para tentar ganhar um mercado que hoje conta com 300 mil pacientes.
As 15 importadoras do ICR afirmam responder por cerca de um terço das prescrições de produtos e movimentaram R$ 400 milhões, no ano passado, um crescimento de 22% em relação ao ano anterior. Essas vendas representam, segundo o ICR, o dobro do que movimenta a indústria local.
Projeto
“Nosso objetivo é apoiar a finalidade institucional da Anvisa de proteção da saúde pública em um cenário muito desafiador em razão do crescimento acelerado do segmento e, também, do número insuficiente de servidores na agência”, disse Rafael Arcuri, diretor-executivo do ICR.
O instituto disse à Anvisa que quer contribuir com ações capazes de garantir a qualidade, prevendo, inclusive, a rastreabilidade dos produtos até o país de origem. Também propõe a criação de uma rede de testes independentes para “identificação e mensuração de cannabinoides, detecção de contaminantes e conferência de rotulagem”.
A indústria farmacêutica nacional, contudo, afirma que existem medicamentos similares.
Com Stéfanie Rigamonti
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