As vendas no varejo superaram as projeções na China e cresceram 4% em janeiro e fevereiro, em comparação com o mesmo período do ano passado, anunciou o Escritório Nacional de Estatísticas nesta segunda (17), em Pequim.
Também na segunda, autoridades do Ministério das Finanças, da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma e outros órgãos detalharam o plano de estímulo ao consumo. Divulgada pela agência Xinhua, a série de medidas “visa impulsionar vigorosamente o consumo”.
Em dezembro, sob efeito de medidas iniciadas em setembro, o aumento do varejo havia sido de 3,7%. A projeção de profissionais do mercado, para janeiro e fevereiro, era de 3,8%. O órgão de estatísticas junta os dois meses para reduzir distorções, devido ao extenso feriado de ano novo.
O símbolo do avanço no consumo interno veio exatamente no feriado, quando estreou a animação “Ne Zha 2”. No sábado (15), o filme atingiu 15,2 bilhões de yuans de bilheteria (R$ 12 bilhões), passando “Star Wars: O Despertar da Força” para entrar na lista de cinco maiores filmes em arrecadação.
Analistas dizem que é preciso aguardar para ver se o êxito de “Ne Zha 2” se espalha pelo cinema chinês, dúvida que se repete quanto à firmeza na recuperação do consumo interno de maneira geral. A sombra maior é das tarifas crescentes contra produtos chineses adotadas pelos EUA.
O mercado interno é visto como alternativa ao protecionismo americano e agora de outros países pelo mundo, inclusive europeus e emergentes, como o Brasil.